quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Minha criança Brasinha do encruzo que eu tanto amo

Exu Mirim Brasinha;




Exú brasinha bem como os exús que vem sob a forma de crianças,são espiritos que trabalham na proteção contra quiumbas e obssesores que se volte contra crianças protegendo as mesmas contra demandas e ataques contra a sua inocência

Contam alguns que exú brasinha foi um moleque muito arteiro, viveu no brasil colônia e sofreu abusos sexuais, bem como outros abusos de tortura, coisa considerada natural praticar contra os escravos, sendo que os feitores e senhores de engenho julgavam que os negros não tinham alma;Algo errado em julgamento. 

Exú brasinha recebe esse nome pois ao tentar se rebelar contra o feitor foi preso por este, torturado e queimado, sendo que passou por dores imensas dentro da senzala e desencarnou por conta da infecção causada pelas feridas e queimaduras; 

Exú brincalhão não admite abusos de qualquer espécie e rege as crianças peraltas, dando a elas discernimento

os exús em geral são seres mágicos associados a espiritos humanos que sofreram muito. Esses seres elementais que associados ao espirito humano formam essa linha chamada exús, bombogiros/ bombogiras(exús de duas cabeça) e pomba-giras e dentro delas temos os mirins, exús mirins, sendo que alguns exús como calunga podem vir sob a roupagem dos mirins ai ele seria chamado calunguinha. 


Texto de: Marcos Paulo;

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ode kare e Osun kare


Iyemonjá passeava pelas matas quando
avistou de longe o pequeno Logun Edé
. Ela ficou por horas admirando a beleza
do pequenino. Foi até Orumilá, dizendo
que queria ter um filho que fosse tão
belo quanto ele. O sábio lhe disse que a
criança era mágica e encantada, pois era
fruto da união e do amor de seus pais.
Da mesma forma Iyemonjá
estava enlouquecida querendo ter um
filho com tal encanto. Orumilá lhe disse
que ela deveria pegar um obi, passa-lo no
ventre e logo após jogar nas águas. E
assim a rainha do mar foi até as águas
mais belas e límpidas, passou o obi em
seu ventre, mais na hora de jogar na
cachoeira, ela atirou errado e o obi caiu
em cima de uma pedra, que o dividiu ao
meio, caindo metade nas águas e a outra
metade no mato. E passando – se 9
meses, Iyemanjá deu a luz a um casal
de gêmeos, e deu- lhes o nome de Oxum
Karê e Odé Karê, e ambos eram tão belos
e encantados como Logun Edé. As
crianças cresceram travessas, Oxum se
vestia como Odé , e Odé como Oxum, e
por isso ninguém nunca sabia quem era
quem. Aprenderam a arte da caça, por
isso ambos levam o ofá ( arco e flecha ).
Em sua aldeia, quando estava na tempo-
rada de caça, Oxum Karê ao invés de
ficar lá com as mulheres preparando a
colheita e a lenha, ela ia para as longas
caçadas com seu irmão e com os demais
caçadores de sua aldeia. Odé ao invés
de caçar apenas nas matas com os
outros, passou a se embrenhar pelos rios
e cachoeiras se tornando junto dela um
ótimo pescador...
Assim o desejo de Iyemonjá se realizou,
pois Orumilá lhe deu dois encantos
caçadores das águas ! Até hoje muitos
acreditam que certa vez houve uma
grande seca, acabando com os rios e
animais, e por tamanha tristeza os Karê’s
tornaram-se um só, juntando assim o
obi novamente... Por isso os filhos de
Karê são doces como Oxum e
destemidos como Oxossi, por que são
orixás individuais, mais quando
necessário tornam – se uma só força,
uma só magia, um só ENCANTO !